...e de protesto.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Campanha para salvar o planeta
Estava eu navegando pela internet, procurando novas idéias para salvar o planeta ("Vai Planeta!") e acho um site com uma campanha inusitada.
Não é uma idéia de todo nova. Eu já tinha visto esta mesma idéia sendo divulgada no canal de TV "Animal Planet" uns dois anos atrás. Mas a campanha da Fundação SOS Mata Atlântica, em parceria com a F/Nazca, ganhou bem mais notoriedade (ganhando prêmio em Cannes e tudo mais neste ano), e bem mais adeptos.
Enfim, sem mais mistérios. Eis a campanha:
Pois é, a Camapnha "xixi no banho" ganha cada vez mais espaço mundo a fora. Tem site, comercial premiado e vídeos virais no youtube. São anônimos e celebridades que aderem, assinam e fazem as propagadas para todo mundo economizar a água da descarga e fazer xixi no banho.
Os argumentos a favor são muitos, e todos expostos do simpático site da campanha. Para visitar o site e ver tudo com seus próprios olhos, basta acessar: http://www.xixinobanho.org.br/
Gastando menos água, degradamos menos a natureza, preservando os recursos naturais. E assim a gente cuida melhor do nosso planeta.
Eu sou a favor da adesão há várias campanhas para salvar o planeta. De minha parte, já separo meu lixo em orgânico e inorgânico, tomo banho de balde, ando um bocado de ônibus, de carona e a pé. Essa nova campanha me deixou um tanto relutante. Mas sei que é bobagem minha. O xixi (quando não está infectado por doenças, claro) não é sujo. Ai, ai...e aí? Vamos tomar coragem para aderir a mais essa idéia para salvar o planeta?!
Eu topo tentar. Pelo menos tentar, né? Hahhahah
Um abração,
tia Yvonne
PS: Ah, quero ver quem adivinha o que são os personagens principais do site. =P
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Campanha Post-it
Navegando pela net encontrei um blog bacanérrimo! O endereço é "thingsweforget.blogspot.com", que na tradução para o português seria: coisas que esquecemos.
E quer saber porque achei o blog bacana? Simples, ele traz uma idéia + ação criativa, bonita e do bem.
Então tá resolvido. Proponho que façamos o mesmo. A medida é simples. Basta escrever frases e lições importantes em pequenos pedaços de papel e espalhá-los pela escola (e porque não por toda a comunidade?).
Bem, vou deixar vocês pensarem na idéia com um dos post-it deixados no blog que citei.
Um abração a todos,
tia Yvonne
PS: Ah, e vocês ainda podem treinar o inglês de vocês no blog thingsweforget. =PTraduzindo: "Vá um passo de cada vez e você irá a qualquer lugar"
domingo, 10 de outubro de 2010
Abaixo a segunda-feira!
Bem, eu sei que foi idéia minha postar os "pensamentos da semana" sempre nas segundas. Mas, de verdade, vi que é bobagem. Qual o sentido de só colocar frases e pensamentos legais para nós refletirmos nas segundas? Afinal, todo mundo sabe que a segunda é o pior dia para pensar (tá todo mundo preguicento do domingo mesmo, não é?)
Então está decretado. Os pensamentos, frases, citações e afins estão libertados da segunda. A partir de agora eles podem ser postados a qualquer instante, em qualquer dia da semana. fiquem ligados!
Beijão,
tia Yvonne
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Pensamento da semana...
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
"As estrelas"
Só para ilutrar o que falei no post passado...
Eis alguns nomes que estão se candidatando para os cargos de Deputado Federal e Estadual no Brasil esse ano.
No Esporte:
Acelino Popó Freitas (PRB-BA)- O boxeador concorre a deputado estadual - Ensino Superior Incompleto
Maguila (PTN-SP)- Ex-boxeador,quer ser deputado federal - Lê e escreve
Marcelinho Carioca (PSB-SP)- Ex-jogador, concorre a deputado federal - Superior Incompleto
Romário (PSB-RJ)- Ex-jogador, busca uma vaga na Câmara Federal - Ensino Superior Completo
Vampeta (PTB-SP) - Ex-jogador, concorre a deputado federal - Ensino Médio Completo
Fabiano (PMDB-RS) - Ex-atacante do Inter, é candidato a deputado estadual - Ensino Fundamental Completo
Danrlei (PTB-RS) - Ex-goleiro do Grêmio, concorre a deputado federal - Ensino Médio Incompleto
Túlio Maravilha (PMDB-GO)- Ex-jogador e emresário, concorre a Deputado Estadual - Ensino Médio Completo
Acelino Popó Freitas (PRB-BA)- O boxeador concorre a deputado estadual - Ensino Superior Incompleto
Maguila (PTN-SP)- Ex-boxeador,quer ser deputado federal - Lê e escreve
Marcelinho Carioca (PSB-SP)- Ex-jogador, concorre a deputado federal - Superior Incompleto
Romário (PSB-RJ)- Ex-jogador, busca uma vaga na Câmara Federal - Ensino Superior Completo
Vampeta (PTB-SP) - Ex-jogador, concorre a deputado federal - Ensino Médio Completo
Fabiano (PMDB-RS) - Ex-atacante do Inter, é candidato a deputado estadual - Ensino Fundamental Completo
Danrlei (PTB-RS) - Ex-goleiro do Grêmio, concorre a deputado federal - Ensino Médio Incompleto
Túlio Maravilha (PMDB-GO)- Ex-jogador e emresário, concorre a Deputado Estadual - Ensino Médio Completo
Na Música:Gaúcho da Fronteira (PTB-RS) - Músico concorre a deputado estadual - Ensino Médio Completo
Kiko (DEM-SP) - Membro do grupo KLB, concorre a deputado federal - Ensino Fundamental Completo
Leandro (DEM-SP) - Integrante do KLB, concorre a deputado estadual - Ensino Fundamental Completo
Netinho (PCdoB-SP) - Cantor do grupo Negritude, concorre a senador - Grau de instrução Não Informado
Reginaldo Rossi (PDT-PE) - Cantor, concorre a deputado estadual - Ensino Médio Completo
Renner (PP-GO) - Integrante da dupla Rick&Renner, concorre ao Senado - Ensino Médio Incompleto
Sérgio Reis (PR-MG) - Cantor e ator, concorre a deputado federal - Ensino Médio Completo
Tati Quebra-Barraco (PTC-RJ) - Funkeira, concorre a deputada federal - Ensino Fundamental Completo
Na Televisão:
Ronaldo Esper (PTC-SP) - O estilista quer ser deputado federal - Ensino Médio Completo
Pedro Manso (PRB-RJ) - Humorista, disputa na vaga na Assembleia Legislativa - Fundamental Completo
Dedé Santana (PSC-PR) - Humorista, quer ser deputado estadual - Grau de Instrução Não Informado
Tiririca (PR-SP) - Humorista, disputa uma vaga na Câmara Federal - Ensino Fundamental Incompleto
Batoré (PP-SP) - Humorista, quer uma vaga na Câmara Federal - Ensino Fundamental Completo
No Pomar:
Mulher Melão (PHS-RJ) - Cristina Célia Antunes Batista concorre a deputada federal - Superior Incompleto
Mulher Pera (PTN-SP) - Suellen Aline Mendes Silva quer ser deputada federal - Lê e Escreve
Renner (PP-GO) - Integrante da dupla Rick&Renner, concorre ao Senado - Ensino Médio Incompleto
Sérgio Reis (PR-MG) - Cantor e ator, concorre a deputado federal - Ensino Médio Completo
Tati Quebra-Barraco (PTC-RJ) - Funkeira, concorre a deputada federal - Ensino Fundamental Completo
Na Televisão:
Ronaldo Esper (PTC-SP) - O estilista quer ser deputado federal - Ensino Médio Completo
Pedro Manso (PRB-RJ) - Humorista, disputa na vaga na Assembleia Legislativa - Fundamental Completo
Dedé Santana (PSC-PR) - Humorista, quer ser deputado estadual - Grau de Instrução Não Informado
Tiririca (PR-SP) - Humorista, disputa uma vaga na Câmara Federal - Ensino Fundamental Incompleto
Batoré (PP-SP) - Humorista, quer uma vaga na Câmara Federal - Ensino Fundamental Completo
No Pomar:
Mulher Melão (PHS-RJ) - Cristina Célia Antunes Batista concorre a deputada federal - Superior Incompleto
Mulher Pera (PTN-SP) - Suellen Aline Mendes Silva quer ser deputada federal - Lê e Escreve
Ah, e para piorar alguns ainda têm a cara-de-pau de assumir sua incompetência para o cargo (mesmo antes de tê-lo) sem, claro, perder a piada.
Candidato Ídolo
"O atacante Müller, o meia Marcelinho Carioca e o volante Vampeta foram escalados para entrar em campo em 2009. Mas a atuação não será na Copa do Mundo, e sim na política. Os craques vão concorrer a uma vaga de deputado federal nas próximas eleições.
A participação de ídolos do futebol e de artistas na política faz parte de uma tendência já verificada nas eleições de 2006, quando famosos como o cantor de forró Frank Aguiar e o estilista Clodovil Hernandes - morto em março após um AVC - se elegeram por São Paulo para a Câmara dos Deputados com duas das mais expressivas votações do país. Atentos ao potencial dos artistas em arrebanhar fãs, ou melhor, eleitores, alguns partidos estão investindo em atrair personalidades para suas fileiras" (matéria inteira: http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI3726095-EI7896,00-Partidos+buscam+famosos+para+eleicoes+em.html
É assim que o site Terra noticiou no dia 26 de abril de 2009 a nova tendência da política brasileira. Tendência esta que reflete a nossa apatia e falta de conhecimento sobre os cargos e funções dos políticos. Sem saber para que serve, e sem conhecer os candidatos fica realmente compreensível alguém achar que está fazendo uma boa escolha votando num jogador de futebol para virar deputado ou coisa do gênero.
Outro dia recebi um e-mail mostrando o grau de instrução (estudo) de alguns dos candidatos a deputados dessa eleição. Os mais estudiosos freqüentaram alguma faculdade sem concluir o curso. Contudo, a maioria tem apenas o Ensino Fundamental completo. E só. E eu pergunto: será mesmo que, por melhr que seja a intenção, esse sujeito vai conseguir ler, escrever e aprovar projetos de lei?
Sim, precisamos de candidatos confiáveis. E sim, é importante conhecer o candidato. Mas não é porque o fulano (ou a fulana) tem uma imagem de honesto e batalhador na mídia que será um bom político. Honestidade é fundamental sim! Mas não basta ser honesto. Tem que ter projetos que beneficiem toda a sociedade. E tem que saber o que está fazendo!
E nós, que votamos, temos que ter consciência sobre nossos atos também. Colocar uma pessoa sem preparo e sem excelentes projetos em Brasília é irresponsabilidade. É estúpido como dar um tiro no próprio pé e achar que não ia doer...
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Candidatos partidos
Como todos podem ver pela cidade estamos em época de campanha eleitoral. Há panfletos, cartazes e carros-de-som por todos os lados. Cada candidato lança-mão de suas estratégias para chamar mais atenção dos eleitores e convencer o maior número de pessoas que ele é a melhor escolha.
Aqui no Brasil a lei eleitoral determina que o candidato deve estar associado a um partido político. Mas olhando os vários cartazes nas cidades é difícil reconhecer isto. A maioria deles traz apenas a foto e o número do candidato e o cargo a que ele concorre.
O que eles eseram afinal, que saibamos de cor os números de todos os partidos?!
Eis minha observação. É importante que saibamos os partidos dos candidatos. Temos o costume de votar nas pessoas, ignorando seus partidos. Ok, temos que confiar nos candidatos. Afinal de contas, ele estará tomando decisões por nós durante seus 4 anos de mandato. Mas temos de conhecer (e bem) os partidos também. Porque são os partidos que determinam a política de atuação do candidato (quais as prioridades, o que defende, o que não apóia, etc).
Enfim, essa é minha dica para quem vai votar. Pesquise e acompanhe a trajetória política de seu candidato. Analise as propostas dele. Descubra qual o posicionamento político de seu partido. E só depois de tudo isso vote. Se não você vai estar entregando nosso futuro, irresponsavelmente, para alguém que você não sabe o que vai fazer.
Não jogue seu voto no lixo, nem vote pela metade (só no candidato). Porque o candidato sozinho não atua. Ele o faz junto ao seu partido (entre otras cositas más).
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
ADOTE UM VIRA-LATA
Muitos cães e gatos precisam de amor, carinho e de um lugar para que possam viver da forma que merecem!
E o grupo ADOTE UM VIRA LATA busca fervorosamente pessoas que queiram trabalhar no cuidado para com animais que foram abandonados. Você pode ajudar dando seu trabalho, auxílio financeiro, doando alimento e medicamento para os animais e PRINCIPALMENTE adotando e esterelizando (castrando) seu animalzinho.
A castração é importante (e urgente) porque a população de animais abandonados nas ruas é sempre crescente. Está mais do que na hora de darmos um basta a esta situação. Chega de animais abandonados!
E o grupo ADOTE UM VIRA LATA busca fervorosamente pessoas que queiram trabalhar no cuidado para com animais que foram abandonados. Você pode ajudar dando seu trabalho, auxílio financeiro, doando alimento e medicamento para os animais e PRINCIPALMENTE adotando e esterelizando (castrando) seu animalzinho.
A castração é importante (e urgente) porque a população de animais abandonados nas ruas é sempre crescente. Está mais do que na hora de darmos um basta a esta situação. Chega de animais abandonados!
O Adote um vira-lata lançou a campanha "amigo não se escolhe por raça ou cor. Adote um vira-lata". E digo mais: não compre, adote!
Junte-se a nós, ADOTE UM VIRA LATA!
Sites e endereços:
SITE:
http://www.ufpe.br/adoteumviralata/
http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=7054752269690304772
BLOG:
http://www.adoteumvira-lata.blogspot.com/
TWITTER:
http ://twitter.com/adoteumviralata
FORMSPRING
http://www.formspring.me/adoteumviralata
http
FORMSPRING
CAMPANHA SALVAR O PLANETA
Olá queridos!
Está mais do que na hora de nosso blog se engajar nas atividades que buscam um mundo melhor. Então, além de postar textinhos para nos ajudar a refletir, irei postar também mensagens em prol da preservação ambiental e atitudes que podemos tomar para transformar nosso Planteta num lugar melhor e mais duradouro.
E para abrir nossos posts fiquem com o cartaz da World Wide Fund for Nature (WWF, "Fundo mundial para a vida selvagem e natureza) contra o aquecimento global.
PS: Vocês podem checar mais informações sobre a WWF no site:
http://www.wwf.org.br/
Até mais,
tia Yvonne
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
A JUSTIÇA É CEGA DE CEGUEIRA POTENTE
"A justiça é cega" é destes ditados populares que me põem a pensar. Sempre questionei se o ditado se referia a um aspecto positivo ou negativo.
Bem recentemente li em algum canto que originalmente o significado é no bom sentido. A justiça é cega, logo ela não vê diferenças entre quem está sendo julgado. Não importa quem acusa e quem é acusado. Ela é cega. Para ela existem apenas iguais. E as decisões são tomadas com bases nas evidências e provas apresentadas.
Muito lindo isso. Mas deixa tá que já me diverti muito lendo textos e mais textos sobre processos, leis e afins. Gosto de ver as notícias nos jornais, acompanhar os casos. E já li documentos de processos até do século XVII. Conclusão: a justiça enxerga, e muito bem, as diferenças sociais e financeiras entre as pessoas envolvidas nos processos.
E isso não é novo. São casos e mais casos que demorarm anos para serem resolvidos quando o interessado no resultado é uma pessoa de classe mais humilde, com recursos mais esparcos, e outros tantos que são solucionados rapidamente quando é do interesse de um senhor grandão cheio de bufunfa. E quantas histórias conhecemos de indivíuos que não foram presos porque compraram juízes, testemunhas e/ou conseguiram milhões de recursos judiciais?
Deste jeito, só há um pensamento a acrescentar: a Justiça é mesmo cega. Mas a cegueira é diante das injustiças que ela mesma comete. E tenho dito! =P
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Revolução dos Bichos
George Orwell, escritor, jornalista e militante político, participou da Guerra Civil Espanhola na milícia marxista/trotskista e foi perseguido junto aos anarquistas e outros comunistas pelos stalinistas. Desencantado com o governo de Stalin, escreveu “A Revolução dos Bichos” em 1944. Nenhum editor aceitou publicar a sátira política, pois, na época, Stalin era aliado da Inglaterra e dos Estados Unidos. Só após o término da guerra, em 1945, é que o livro foi publicado e se tornou um sucesso editorial.
A Revolução dos bichos, escrita por George Onwel, faz uma sátira e uma crítica ferrenha aos acontecimentos que sucederam a Revolução Russa de 1917. A obra, no entanto, extrapola os objetivos de satirizar um fato histórico. Ela finda por denunciar e questionar os posicionamentos do povo diante da política. A narrativa não fica presa à Revolução de 1917. Ela nos revela comportamentos e posturas políticas contemporâneas, nossas e acima de tudo danosas e prejudiciais ao bem comum.
Em suma, é um livro que deve ser lido e re-lido trilhões de vezes. Até que deixemos de ser "analfabetos políticos", como diria o poeta Bertolt Brecht.
E para fechar aqui com chave de ouro, fiquem com
"O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo."
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo."
Bertold Brecht
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Uma pseudo-comédia
Ontem re-assisti um filme britânico baseado no livro de nick Hornby. Chama-se (tanto o livro, como o filme) "About a boy", traduzido (terrivelmente, como sempre) aqui no Brasil como "Um grande garoto".
O filme está na categoria de comédia. E ele nos dá, sim, momentos de risos. Mas rir do garotinho esquisito que não se encaixa e de seu louco relacionamento com um canalha da maior estirpe fica em segundo plano quando descobrimos "qual é" a da história.
O personagem Will (Hugh olhos-tortos Grant) insiste durante quase todo o filme que os homens são ilhas. São todos solitários. Podem receber visitas de barquinhos, turistas... Mas no final, sempre voltam à condição de ilhas (solitárias e sozinhas no imenso oceano).
Acontece, que não somos ilhas. Somos homens (leia-se homens e mulheres). Somos bichinhos sociais. Vivemos em sociedade. E mesmo que nos soltassem no meio do mato, procuraríamos nos relacionar com algo (como as meninas-lobo russas que conviveram com lobos na floresta, ou como o personagem de Tom Hank em "O náufago", que se relaciona com uma bola de vôlei Wilson).
Somos interação, troca. É assim que somos, sociais. Somos uma parte do todo que é a sociedade.
Constituímos a sociedade (que nos dá sentido e só existe conosco). E aí vira uma questão de lógica. Se só fazemos sentido formando o todo (que é a sociedade), então temos que cuidar da sociedade. E só há uma maneira de cuidar dela: cuidando de todas as parteszinhas que constituem esse todão que é a sociedade global, universal ou sei lá o quê.
Uma bobagem essa história de ilha. Estamos mais para gotinhas d'água que formam o oceano, ou partículas que formam o universo.
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Como um Quebra-Cabeças.
O mundo pode ser dividido entre os letrados e não-letrados. Ou seja, nos que sabem ler e escrever e nos que nãos sabem.
Analfabeto é o sujeito que não sabe ler, nem escrever. Tudo bem. Parece simples. Preto no branco. Mas tem um complicador.
Existe um conceito chamado "analfabeto funcional". Esse é sujeito que não sabe ler nem escrever, mas sabe assinar o nome, ou ler poucas palavras ou letras. Certo... Analfabeto funcional é um quase alfabetizado. Beleza. Deu para entender.
E alfabetizado é todo mundo que sabe ler e escrever.
Só tem um detalhe. Tem gente que sabe ler as letras, as palavras... mas não sabe "sacar" o sentido do texto. (É como eu quando tento ler uma frase em francês. Hahahah).
E aí é que está o "x" da questão. Para ler de verdade não basta saber decodificar as letras, as palavras, a pontuação. É preciso tirar o significado do texto. E os textos (mesmo quando não são escritos) são como quebra-cabeças. As palavras são as pecinhas. Se você, quando vê um quebra-cabeça montado, ficar prestando atenção nas pecinhas (individualmente) não vai ver a figura que está sendo formada. É preciso, depois de ler as palavras, afastar a vista, e ver a figura como um todo.
Muitas vezes eu vejo que essa é a maior dificuldade dos alunos. Vêem o quebra-cabeças lá e se perdem nas pecinhas. Eu pergunto, o que o autor quer dizer com o texto (qual a figura montada)? E a meninada insegura: "Tem uma parte aqui que tem uma torre, tem janelas". Beleza. Mas isso é parte. O todo é um castelo.
Ao ler um texto a gente tem que ser capaz de ver a figura inteira, de ver qual a mensagem. Depois de entender o todo é que a gente parte para analisar os argumentos, ou as peças, que formaram a figura... Se não, a gente nunca vai ver as figuras montadas...vai ficar sempre perdido nas pedrinhas...
terça-feira, 15 de junho de 2010
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Pensamento da semana...
(...) Quem é você, perguntou ele.
Essa mesmíssima pergunta estava na ponta da língua, pois achei meio injusto que ele tivesse passado na minha frente. Afinal, não fui eu que caí de repente no jardim dele – ou no planeta dele!
“Meu nome é Joakim”, falei.
“E eu sou Mika. Por que você está de cabeça para baixo?” (...)
“É você que está de cabeça para baixo!”, falei.
Mika tirou o polegar da boca e começou a estica e abanar todos os dedos. Aí falou:
“Quando duas pessoas se encontram e uma delas está de cabeça para baixo, não é tão fácil dizer qual delas está na posição certa.”
Trechos de GAARDER, Jostein. Ei! Tem alguém aí? São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1997. P.22-23.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
sábado, 29 de maio de 2010
Conteúdos da Avaliação Interacionista
E aí galera!?
Mais um peíodo de provas se aproxima. Dessa vez no lugar as Avaliações Cumulativas, teremos a Avaliação Interacionista.
As A.I.s ocorrerão em três dias, divididas em três eixos temáticos (1 - Ciências Humanas, 2 - Ciências Exatas e Naturais e 3 - Códigos e Linguagens).
A nota será de acordo com o rendimento geral de cada eixo. Ou seja, uma nota para cada eixo. As médias, no entanto, serão diferenciadas em cada disciplina em razão das notas das Avaliações Pontuais.
Cálculo das médias: Eis os conteúdos que cairão nas provicthas de história:
6º ANO
O tempo medido e o tempo vivido (cap. 03);
O Surgimento da Terra (cap. 04);
As Eras Geológicas (cap. 04);
As pesquisas arqueológicas e paleontológicas - objetos de estudo, forma de atuação e importância do trabalho (cap. 05)
7º ANO
O contato primeiro entre europeus e ameríndeos (cap. 04, 05, 06 - até a pág. 119)
8º ANO
Revolução Francesa (cap. 04 e 05);
Era Napoleônica (cap. 06);
Fuga da família real para o Brasil (08 até a pág 100).
9º ANO
O fim da República Velha (cap. 05);
A Revolução de 1930 (cap. 06);
A Era Vargas (cap. 06 e 10);
A Redemocratização (cap. 10);
Vargas Re-loaded (cap. 10 até a pág 128).
Bons estudos e boas provas a todos!
=]
tia Yvonne rules
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Indicação de sites
Eis a indicação dos sites que prometi aos alunos do 8º ano para auxiliar na pesquisa sobre democracia.
Boa atividade para todos.
tia Yvonne (a mais fera feroz de todos os tempos) HAUShuHASUh
Dicas de sites para pesquisa:
Senado Federal - http://www.senado.gov.br/sf/
Câmara dos Deputados Federais - http://www2.camara.gov.br/
Câmara Municipal do Recife - http://www.camara.recife.pe.gov.br/
Prefeitura de Camaragibe - http://www.camaragibe.pe.gov.br/
Jornal do Comércio - http://jc.uol.com.br/
Jornal Diário de Pernambuco - http://www.diariodeernambuco.com.br/
Blog Acerto de Contas - http://acertodecontas.blog.br/
Blog Umas Herstórias - http://www.umashestorias.blogspot.com/
terça-feira, 25 de maio de 2010
O que, afinal, é a democracia (por José Saramago)
Em seu livro Política, Aristóteles começa por nos dizer o seguinte: “Na democracia, os pobres são reis porque são mais numerosos e porque a vontade da maioria tem a força da lei”. Numa segunda passagem, ele parece começar por restringir o alcance dessa primeira frase nos âmbitos práticos da realidade.
Aristóteles nos ensina que os ricos, ainda que participem com toda legitimidade democrática do governo da Polis, continuarão sendo sempre uma minoria devido a uma proporcionalidade incontestável. Por um lado, ele está certo: desde os tempos mais remotos que possamos evocar, os ricos nunca foram mais numerosos que os pobres. Apesar disso, os ricos sempre governaram o mundo, ou manipularam as pessoas que o governavam. Mais do que nunca, essa é uma constatação atual. Note-se, de passagem, que, para Aristóteles, o Estado representa uma forma superior de moralidade...
Qualquer manual de direito constitucional nos ensina que a democracia é “uma organização interna do Estado por meio da qual a origem e o exercício do poder político cabe ao povo, permitindo essa organização ao povo governado que também governe, através de seus representantes eleitos”. Aceitar definições como essa, de tal pertinência que quase se confunde com as ciências exatas, corresponderia, quando transpostas para nossa era, a não levar em conta a infinita graduação de estados patológicos com os quais, a qualquer momento, nosso corpo pode ser confrontado.
Em outras palavras: o fato de que a democracia possa ser definida com muita precisão não significa que ela realmente funcione. Uma breve incursão na história das idéias políticas leva a duas observações, muitas vezes relegadas sob o pretexto de que o mundo muda. A primeira para lembrar que a democracia surgiu em Atenas, por volta do século V antes de Cristo; ela pressupunha a participação de todos os homens livres no governo da cidade; baseava-se na forma direta e os cargos eram efetivos, ou atribuídos, por meio de um sistema misto de sorteio e de eleição; e os cidadãos tinham o direito de voto e o de apresentar propostas nas assembléias populares.
As instâncias do poder político tentam desviar nossa atenção do óbvio: dentro do próprio mecanismo eleitoral, encontram-se em conflito uma opção política, representada pelo voto, e uma abdicação cívica. Não é fato que, no momento exato em que a cédula é introduzida na urna, o eleitor transfere para outras mãos – sem qualquer contrapartida, salvo promessas feitas durante a campanha eleitoral – a parcela de poder político que detinha até então enquanto membro da comunidade de cidadãos?
O papel de advogado do diabo que assumo pode parecer imprudente. Mais um motivo para que examinemos o que vem a ser a nossa democracia e qual a sua utilidade, antes de pretendermos – uma obsessão de nossa época – torná-la obrigatória e universal. Essa caricatura de democracia que, como missionários de uma nova religião, procuramos impor ao resto do mundo não é a democracia dos gregos.
Pode passar pelo espírito de alguns leitores uma desagradável suspeita sobre minhas convicções democráticas, tendo em vista minhas notórias posições ideológicas... Defendo a idéia de um mundo verdadeiramente democrático que se tornaria realidade dois mil e quinhentos anos depois de Sócrates, Platão e Aristóteles.
Poderão dizer: mas as democracias ocidentais não são censitárias, nem racistas e o voto do cidadão rico e branco tem o mesmo valor nas urnas que o do cidadão pobre e de pele morena. Se confiássemos em tais aparências, teríamos atingido o supra-sumo da democracia.
O direito de voto, por exemplo, expressão de uma vontade política, também é um ato de renúncia a essa mesma vontade, pois o eleitor a delega a um candidato. O ato de votar, pelo menos para uma parcela da população, é uma forma de renúncia temporária à ação política pessoal, discretamente adiada até as eleições seguintes, quando os mecanismos de delegação de poder voltarão ao ponto de partida para tudo recomeçar de novo.
Essa renúncia pode constituir, para a minoria eleita, o primeiro passo de um mecanismo que muitas vezes autoriza, apesar das vãs esperanças dos eleitores, a determinação de objetivos que nada têm de democráticos e podem até ser autênticas ofensas à lei. Em princípio, não ocorreria a ninguém eleger como representantes no Parlamento pessoas corruptas, ainda que a triste experiência nos ensine que as altas esferas do poder, no plano nacional e internacional, são ocupadas por criminosos desse tipo ou por seus representantes. Nenhum exame ao microscópio dos votos depositados nas urnas permitiria tornar visíveis os vínculos reveladores das relações entre os Estados e os grupos econômicos cujas ações ilícitas – até de guerra – conduzem nosso planeta rumo à catástrofe.
O chamado sistema democrático parece, cada vez mais, um governo dos ricos e, cada vez menos, um governo do povo. Impossível negar o óbvio: a massa de pobres convocada a votar jamais é chamada a governar. Na hipótese de um governo formado pelos pobres, em que estes representassem a maioria – como Aristóteles o imaginou, em sua Política –, eles não disporiam de meios para modificar a organização do universo dos ricos, que os dominam, os vigiam e os oprimem.
O que fazer então? Paremos de considerar a democracia como um valor adquirido, definido de uma vez por todas e intocável para sempre. Num mundo em que estamos habituados a debater qualquer assunto, um único tabu persiste: a democracia. Salazar (1889-1970), o ditador que governou Portugal por mais de quarenta anos, afirmava: “Não se questiona Deus, não se questiona a pátria, não se questiona a família”. Nos dias de hoje, Deus é questionado, a pátria é questionada e, se não questionamos a família, é porque ela própria se encarrega de fazê-lo. Mas não se questiona a democracia.
Então, digo: questionemos a democracia em todos os debates. Se não encontrarmos um meio de a reinventar, não perderemos apenas a democracia, mas a esperança de ver um dia os direitos humanos respeitados neste planeta.. Isso seria o fracasso mais estrondoso de nossos tempos, o sinal de uma traição que marcaria a humanidade para sempre.
*José Saramago é um escritor português, filiado ao Partido Comunista português, Prêmio Nobel de Literatura de 1998. Autor, entre outras obras, de: Ensaio sobre a Cegueira (1995, Nobel de literatura, 1998), O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991), Ensaio sobre a lucidez (2004), Ensaio sobre a insensatez (2004).
Este texto é o resumo, feito por Yvonne Carvalho, do artigo de Saramago, traduzido por Jô Amado e publicado no "Le monde diplomatique".
Aristóteles nos ensina que os ricos, ainda que participem com toda legitimidade democrática do governo da Polis, continuarão sendo sempre uma minoria devido a uma proporcionalidade incontestável. Por um lado, ele está certo: desde os tempos mais remotos que possamos evocar, os ricos nunca foram mais numerosos que os pobres. Apesar disso, os ricos sempre governaram o mundo, ou manipularam as pessoas que o governavam. Mais do que nunca, essa é uma constatação atual. Note-se, de passagem, que, para Aristóteles, o Estado representa uma forma superior de moralidade...
Qualquer manual de direito constitucional nos ensina que a democracia é “uma organização interna do Estado por meio da qual a origem e o exercício do poder político cabe ao povo, permitindo essa organização ao povo governado que também governe, através de seus representantes eleitos”. Aceitar definições como essa, de tal pertinência que quase se confunde com as ciências exatas, corresponderia, quando transpostas para nossa era, a não levar em conta a infinita graduação de estados patológicos com os quais, a qualquer momento, nosso corpo pode ser confrontado.
Em outras palavras: o fato de que a democracia possa ser definida com muita precisão não significa que ela realmente funcione. Uma breve incursão na história das idéias políticas leva a duas observações, muitas vezes relegadas sob o pretexto de que o mundo muda. A primeira para lembrar que a democracia surgiu em Atenas, por volta do século V antes de Cristo; ela pressupunha a participação de todos os homens livres no governo da cidade; baseava-se na forma direta e os cargos eram efetivos, ou atribuídos, por meio de um sistema misto de sorteio e de eleição; e os cidadãos tinham o direito de voto e o de apresentar propostas nas assembléias populares.
As instâncias do poder político tentam desviar nossa atenção do óbvio: dentro do próprio mecanismo eleitoral, encontram-se em conflito uma opção política, representada pelo voto, e uma abdicação cívica. Não é fato que, no momento exato em que a cédula é introduzida na urna, o eleitor transfere para outras mãos – sem qualquer contrapartida, salvo promessas feitas durante a campanha eleitoral – a parcela de poder político que detinha até então enquanto membro da comunidade de cidadãos?
O papel de advogado do diabo que assumo pode parecer imprudente. Mais um motivo para que examinemos o que vem a ser a nossa democracia e qual a sua utilidade, antes de pretendermos – uma obsessão de nossa época – torná-la obrigatória e universal. Essa caricatura de democracia que, como missionários de uma nova religião, procuramos impor ao resto do mundo não é a democracia dos gregos.
Pode passar pelo espírito de alguns leitores uma desagradável suspeita sobre minhas convicções democráticas, tendo em vista minhas notórias posições ideológicas... Defendo a idéia de um mundo verdadeiramente democrático que se tornaria realidade dois mil e quinhentos anos depois de Sócrates, Platão e Aristóteles.
Poderão dizer: mas as democracias ocidentais não são censitárias, nem racistas e o voto do cidadão rico e branco tem o mesmo valor nas urnas que o do cidadão pobre e de pele morena. Se confiássemos em tais aparências, teríamos atingido o supra-sumo da democracia.
O direito de voto, por exemplo, expressão de uma vontade política, também é um ato de renúncia a essa mesma vontade, pois o eleitor a delega a um candidato. O ato de votar, pelo menos para uma parcela da população, é uma forma de renúncia temporária à ação política pessoal, discretamente adiada até as eleições seguintes, quando os mecanismos de delegação de poder voltarão ao ponto de partida para tudo recomeçar de novo.
Essa renúncia pode constituir, para a minoria eleita, o primeiro passo de um mecanismo que muitas vezes autoriza, apesar das vãs esperanças dos eleitores, a determinação de objetivos que nada têm de democráticos e podem até ser autênticas ofensas à lei. Em princípio, não ocorreria a ninguém eleger como representantes no Parlamento pessoas corruptas, ainda que a triste experiência nos ensine que as altas esferas do poder, no plano nacional e internacional, são ocupadas por criminosos desse tipo ou por seus representantes. Nenhum exame ao microscópio dos votos depositados nas urnas permitiria tornar visíveis os vínculos reveladores das relações entre os Estados e os grupos econômicos cujas ações ilícitas – até de guerra – conduzem nosso planeta rumo à catástrofe.
O chamado sistema democrático parece, cada vez mais, um governo dos ricos e, cada vez menos, um governo do povo. Impossível negar o óbvio: a massa de pobres convocada a votar jamais é chamada a governar. Na hipótese de um governo formado pelos pobres, em que estes representassem a maioria – como Aristóteles o imaginou, em sua Política –, eles não disporiam de meios para modificar a organização do universo dos ricos, que os dominam, os vigiam e os oprimem.
O que fazer então? Paremos de considerar a democracia como um valor adquirido, definido de uma vez por todas e intocável para sempre. Num mundo em que estamos habituados a debater qualquer assunto, um único tabu persiste: a democracia. Salazar (1889-1970), o ditador que governou Portugal por mais de quarenta anos, afirmava: “Não se questiona Deus, não se questiona a pátria, não se questiona a família”. Nos dias de hoje, Deus é questionado, a pátria é questionada e, se não questionamos a família, é porque ela própria se encarrega de fazê-lo. Mas não se questiona a democracia.
Então, digo: questionemos a democracia em todos os debates. Se não encontrarmos um meio de a reinventar, não perderemos apenas a democracia, mas a esperança de ver um dia os direitos humanos respeitados neste planeta.. Isso seria o fracasso mais estrondoso de nossos tempos, o sinal de uma traição que marcaria a humanidade para sempre.
*José Saramago é um escritor português, filiado ao Partido Comunista português, Prêmio Nobel de Literatura de 1998. Autor, entre outras obras, de: Ensaio sobre a Cegueira (1995, Nobel de literatura, 1998), O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991), Ensaio sobre a lucidez (2004), Ensaio sobre a insensatez (2004).
Este texto é o resumo, feito por Yvonne Carvalho, do artigo de Saramago, traduzido por Jô Amado e publicado no "Le monde diplomatique".
segunda-feira, 24 de maio de 2010
segunda-feira, 10 de maio de 2010
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Pensamento da semana
Tá aí uma idéia nova para animar mais nosso blog: cada semana colocarei uma frase-provocação. Serão ditados populares (de nossa e de outras culturas), frases de filósofos, trechos de música e o que mais nos for legal para refletir.
Bem, começarei com um ditado popular que pouco se usa hoje em dia, mas provavelmente é conhecido por pais e/ou avós de vocês.
Espero que gostem, abração a todos.
"Trabalhe mais a cabeça e dê férias à língua".
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Pare, leia, pense, aja.
Hoje, 7 de abril, o projeto de lei "Ficha limpa" talvez saia da pauta de votação do plenário da Câmara. Vários partidos lançaram o projeto de lei (que faz parte do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral - MCCE) prometendo dar um basta à corrupção no poder público.
Eu bem torço pelo fim da corrupção. Já defendi penas mais duras e radicais, já xinguei políticos generalizando-os, já fiz movimento estudantil, passeata, greve, assembléia, votação... A corrupção continuou e continua.
O projeto de lei me animou. Fui ler o danado. Desanimei. O "Ficha limpa" não atua de maneira ampla. Propõe que políticos que tenham sido afastados, cassados, ou processados por corrupção e abuso de poder não possam se candidatar por oito anos ou mais (a depender do crime cometido ou acusação sofrida). Até aí ótimo. O problema é que o projeto só visa essas penas para os políticos que já estão num mandato. Ou seja, tenta impedir que os corruptos que estão no governo não voltem (por pelo menos 8 anos), mas não impede que os corruptos que querem entrar para o governo o façam.
No fim é mais um projeto de um grupo de políticos contra outros. Não querem acabar com a corrupção. Querem menos concorrência entre tantos corruptos nas próximas eleições!
Enfim, mas essa é só a minha opinião. Para ler o projeto na íntegra e ter a opinião de vocês, acessem a página do MCCE (http://www.mcce.org.br/node/8) e leiam por vocês mesmos.
Façam a parte de vocês sendo honestos e críticos sempre! =D
Beijão,
Tia Yvonne
quarta-feira, 31 de março de 2010
Pela polêmica...
Em resposta à injustiça da MTV.
Baiano, nascido em 1945, Raul Santos Seixas viu a repressão da ditadura militar bem jovem (quando rolou o golpe, em 64, ele tinha 19 anos), foi torturado e exilado, depois trazido de volta pelo próprio regime militar, devorou uma centena de livros da estante do pai, se afundou no álcool e em outras drogas, chegou a escrever artigos sobre extraterrestres, dar aulas de inglês, morar nos Estados Unidos e mais um bocado de outras coisas.
Dono de uma obra vasta, com 23 discos autorais e mais uma porção de músicas escritas para a jovem guarda (da época que ele era produtor musical da CBS, atual Sony BMG), Raul Seixas consagrou-se como o primeiro baiano a fazer e propagandear o rock e anda sendo meio injustiçado pela MTV (que praticamente só divulga música gringa e ganha ibope vendendo escândalos e imagens esteriotipadas dos músicos).
Entre as várias músicas que valem a pena de serem ouvidas eu começo sugerindo a pérola "Ouro de tolo", uma música meio autobiogáfica que faz graça da ditadura e do "milagre econômico" do Brasil de JK.
Em verdade Raul Seixas tinha várias facetas, por assim dizer, e tem trilha sonora para todas elas (e, como não podia faltar, música boa aos montes).
Raul crítico/político/polêmico escreveu: Carimbador maluco; Ouro de tolo; Peixuxa; Cambalache; S.O.S; Como vovó já dizia; Eu também vou reclamar; Al Capone; Cowboy fora da lei; Aluga-se; Fazendo o que o diabo gosta; Medo da chuva, Rock das aranhas; Cantar; Maluco Beleza; Metamorfose Ambulante;
Raul romântico/espiritualizado/místico escreveu: Lua bonita; A maça; Tu és o m.d.c. da minha vida; Você é tudo o que eu sempre quis; Para quando chover; Guita; S.O.S.; Carpinteiro do Universo; Novo Aeon;
E isso é só para citar algumas...
É, ele foi um covicto maluco beleza, não se conformou com rótulos, misturou rock gringo com baião, xaxado e forró, escreveu um bocado, leu mais ainda, e sim, pisou na bola se envolvendo com drogas e entorpecentes. Mas o que ficam são as boas músicas, a criticidade aguda e constante, e as lições de ser metamorfose ambulante, não parar na pista e sempre tentar outra vez.
E só para aperriar, "quem não tem colírio usa óculos escuro" é o mesmo que dizer "quem não tem cão caça com gato". Mas pela polêmica dúbia da frase, óbvio que Raul escolheu a primeira para os versos de "Como vovó já dizia".
Abraço a todos,
Tia Yvonne
terça-feira, 30 de março de 2010
Semana de provas
É isso. Já acabou o primeiro bimestre.
Segue abaixo os assuntos de cada uma das provas:
6º ANO: Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03 (até a página 54)
7º ANO: Capítulo 01
Capítulo 02
8º ANO: Capítulo 01 - Independência dos Estados Unidos
Capítulo 02 - Rebeliões no Brasil colonial
Características do Brasil colônia
Iluminismo
9º ANO: Capítulo 01 - Primeira Guerra Mundial
Capítulo 02 - Revolução Russa
Capítulo 04 - Segundo Reinado
Próxima semana vocês terão a chance de expressar no papel os aprendizados desta primeira unidade.
Estudem um bocado antes das provas. Não ousem colar. E torçam para o meu humor estar excelente no dia da correção. HuHUhUh
Segue abaixo os assuntos de cada uma das provas:
6º ANO: Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03 (até a página 54)
7º ANO: Capítulo 01
Capítulo 02
8º ANO: Capítulo 01 - Independência dos Estados Unidos
Capítulo 02 - Rebeliões no Brasil colonial
Características do Brasil colônia
Iluminismo
9º ANO: Capítulo 01 - Primeira Guerra Mundial
Capítulo 02 - Revolução Russa
Capítulo 04 - Segundo Reinado
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Vida de escravo no Brasil
Para começo de história, antes mesmo de chegar no Brasil os escravos recebiam um nome novo, cristão (tipo Pedro, João, José, Maria, etc.), que era escolhido pelo traficante que o estava vendendo ou pelo senhor que o comprara.
Os escravos recém-chegados que não sabiam falar a nossa língua eram um pouco mais baratos que aqueles que já sabiam falar o português.
Depois de desembarcados eles eram mantidos em armazéns e mercados, onde eram comercializados junto com sacos de açúcar, mandioca e feijão.
O Brasil foi escravocrata por quase 400 anos. E, durante esse tempo, os escravos realizaram todo tipo de trabalho (agrícola, doméstico, mineração, serviços urbanos, transporte de pessoas e mercadorias, entre outros). Nos engenhos, por exemplo, a jornada de trabalho podia durar de 14 a 17 horas (hoje, por lei se trabalham 8 horas diárias). E nem dava para tentar escapar porque o serviço era vigiado pelo feitores (assalariados ou mesmo outros escravos que tinham a função de castigar quem parasse de trabalhar).
Os castigos normalmente eram aplicados diante de um público e iam de açoites, uso de coleiras de ferro, até amputações. Existia um Código Criminal que limitava o número de açoites diários permitidos, mas não havia limite para o número de dias em que se aplicaria o castigo. Então não tinha conversa, quando o senhor queria os escravos recebiam açoites intermináveis...
Os escravos da cidade viviam de forma diferente daqueles que trabalhavam nos engenhos. Muitas vezes os senhores colocavam esses escravos para trabalhar na rua (vendendo doces, por exemplo). Esses eram os chamados “escravos de ganho”. Às vezes eles ficavam com uma parte do que conseguiam lucrar. E às vezes eles conseguiam, depois de mais de dez anos economizando, comprar a própria alforria.
Existem relatos de escravos que, economizando muito, viraram donos de escravos e, com o dinheiro ganho pelo trabalho do seu escravo, ele próprio conseguia comprar sua alforria. Mas isso sempre foi exceção. Na maior parte das vezes eles trabalhavam forçadamente a vida inteira sem conhecer a liberdade.
Ser escravo definitivamente não era fácil. Além de estarem numa terra nova e distante, os escravos eram separados de familiares e amigos no processo de captura e venda, eram obrigados a aprender uma nova língua, trabalhavam até o limite do corpo sob pesadas penas e castigos e eram perseguidos e tratados como bichos, ou coisas.
De certo houve várias formas de resistência à escravidão. Muitos escravos mataram seus senhores e feitores, sabotavam máquinas para não trabalhar, faziam motins, revoltas e fugiam. Existiam quilombos em todo canto, bem perto das cidades. O mais famoso de todos, no entanto, era longe de núcleos urbanos, nunca foi destruído e amedrontava os governantes, o Quilombo dos Palmares.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Mil conceitos...
E quando o assunto é aprender coisas novas, a nossa missão é anotar do nosso jeitinho!
Cada palavra, expressão ou ditado popular novo que ouvirmos por aí, a gente anota no nosso bloquinho de conceitos ou num papelzinho a ser guardado na caixinha dos conceitos.
Tudo deve ser escrito do nosso jetinho, sem dicionário ou palavras complicadas...
No fim de cada unidade poderemos ver quanta coisa legal aprendemos. E no final do ano teremos um ótimo dicionário pessoal!
Aliás, é um jeito super divertido de estudar aqueles termos loucos que os professores falam em sala de aula. HuhUhUh
Espero que aproveitem!!!
Abração,
tia Yvonne
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