quinta-feira, 3 de março de 2011

Argumentos

     Fizemos uma atividade em sala (8° ano) que envolvia uma simulação de julgamento. O réu: Movimento dos Sem-Terra (MST). Cinco estudantes faziam parte da promotoria (que deveria acusar o réu) e outros seis assumiram o papel de advogados de defesa. 
     Abaixo está uma lista dos principais argumentos utilizados pelos integrantes dos dois grupos. 
     
PROMOTORIA:
Alessandra Correia - Todos têm direito a liberdade (direito protegido pela Constituição) e o MST fere este direito ao fazer inocentes de reféns em seus protestos. Essa atitude os torna criminosos. Invadir é errado. O certo é lutar legalmente pelas terras.
Ana Maria Nascimento - Sugeriu a negociação do movimento com o INCRA e o fim de atividades criminosas (tais como matar e invadir). Acusa o MST de perder a razão pelo uso da violência e na má escolha das terras invadidas (muitas vezes comprovadamente produtivas).
Maria Gabriela Torres - Acusa o grupo de ser desnecessariamente agressivo e de envolver mulheres e crianças nos protestos para atrapalhar o trabalho da polícia. Lembra ainda os proprietários que têm suas terras invadidas sofrem com a falta de privacidade e têm seu direito à propriedade (que é constitucional) abalado. Sugere paciência ao MST e indica que ao em vez de invadir terras com donos os integrantes do movimento deveriam buscar terras desocupadas e fazer uso da lei de usocapião.
Renata Vasconcelos - Afirma que tudo deveria ser resolvido envolvendo apenas o governo e o INCRA. E acusa o movimento de pôr vidas em risco com o uso de violência em seus protestos e invasões.
Thiago Martins - Defende o posicionamento do governo ao fazer uso da polícia para desbaratar invasões, visto que o movimento promove invasões a terras produtivas, invadem sem necessidade e agem na ilegalidade.
DEFESA:
Gabriela Kamilay - Convoca toda a população a apoiar o MST, a reforma agrária e o fim da miséria no Brasil. Acusa o INCRA e o governo de inoperantes. Ressalta para o quanto os integrantes do MST precisam de terras. E, por fim, ressalta que não é com abaixo-assinados que os movimentos sociais se fazem ouvir pelo governo (argumento utilizado para validar as ocupações).
Lucca Mossio - Acusa o governo de ser lento e não cumprir com as constantes promessas de reforma agrária. E ressalta que os integrantes do MST lutam por um direito constitucional (moradia e trabalho).
Pedro Bettin - Afirma que a violência nas ocupações são resultado de uma política lenta por parte do governo e a necessidade iminente dos sem-terra. Defende que primeiramente o MST negocia com o INCRA, e só posteriormente parte para ocupações. E diz: "se o governo cumprisse o plano de reforma agrária a polícia jamais precisaria ser acionada".
Sara Elisabeth -  Acusa os latifundiários de serem violentos e ressalta que as crianças dos assentamentos freqüentam escolas e estudam.
Winna Chen - Afirma que muitos integrantes do MST são presos por lutarem unicamente por seus direitos. E que as ocupações acabam sendo suas únicas ferramentas (já que negociar com o governo não tem dado resultado). Lembra que no Brasil sobram latifúndios e que o MST tenta levar uma vida digna (tendo inclusive escolas em seus assentamentos).
Vinícius Nascimento - Deverá fazer um texto utilizando todos os argumentos de seu grupo. 

      Atenção todos: cuidado para não deixar o texto confuso pelo excesso de argumentos. É preferível deixar alguns argumentos de lado e trabalhar bem os que forem usados a deixar o texto cheios de informações sem nenhuma reflexão.

     Lembrem-se, a tarefa é escrever um texto (com no mínimo 10 linhas) defendendo e aprofundando os argumentos utilizados. É permitido o uso de notícias e citações para enriquecer e embasar os argumentos.
     Ah,  uma novidade, o texto produzido por vocês será analisado pelos estudantes do 9° ano em atividade de português (né fera?).
     Boa atividade a todos e nos vemos depois do carnaval.
     =D Um abração,
               tia Yvonne

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